Nas novas diretrizes do Ministério da Saúde sobre o HIV atualização do conceito de “indetectável”
Após um período de cinco anos sem revisões, o Ministério da Saúde publicou, em outubro de 2023, um novo protocolo clínico com diretrizes para o manejo da infecção pelo HIV. Pela primeira vez, o texto incluiu o conceito de que as pessoas que vivem com HIV e possuem uma carga viral indetectável têm risco zero de transmitir o vírus por meio de relações sexuais.
O documento, chamado Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para Manejo da Infecção pelo HIV, é uma espécie de guia para os profissionais da saúde. Nele são encontradas orientações importantes para prevenir a transmissão do HIV, tratar a infecção e melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem com o vírus.
O PCDT traz outras orientações importantes para o cuidado e a conscientização no tratamento do HIV, como a recomendação para que a terapia antirretroviral seja iniciada no mesmo dia ou, no máximo, sete dias após o diagnóstico positivo do vírus, e a instrução para que o rastreio da tuberculose seja realizado em todas as consultas clínicas.
Outra novidade foi a inclusão da chamada “terapia dupla” no documento. Essa modalidade de tratamento consiste na utilização do Dovato, um comprimido único e diário composto pelas substâncias lamivudina e dolutegravir. Vale lembrar que o medicamento foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em novembro de 2001 e deve começar a ser distribuído pelo ministério ainda em 2023.
Todas as propostas tiveram recomendação favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) do Ministério da Saúde e foram, recentemente, publicadas no Diário Oficial da União.
Fonte: site do G1, de 26 de outubro de 2023.