Estudo apresentado na 23ª Conferência da International AIDS Society sobre Ciência do HIV (IAS 2023), realizada de 23 a 26 de julho, em Brisbane, na Austrália, descobriu que crianças do Quênia, cujas mães usaram a profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV à base de tenofovir durante a gravidez, não tiveram a densidade óssea reduzida ou o crescimento atrofiado em comparação com crianças não expostas ao medicamento. O ensaio foi liderado por Linxuan Wu, da Universidade de Washington, em Seattle, nos Estados Unidos.

De novembro de 2021 a dezembro de 2022, os pesquisadores realizaram análise aprofundada da densidade mineral óssea em um subconjunto aleatório de 40 crianças expostas à PrEP baseada no tenofovir e 71 crianças que não tiveram contato com a substância. As avaliações foram feitas por meio de um procedimento indolor e não invasivo que utilizou radiação de baixo nível.

A maioria dos participantes (60%) era do sexo masculino e a média de idade, no momento dos exames, de 37 meses. A exposição in útero foi definida como qualquer prescrição de PrEP durante a gravidez. Pouco mais da metade das mães (52%) iniciaram o tratamento com a profilaxia no segundo trimestre de gestação, 43% começaram no terceiro trimestre e 5% no primeiro trimestre.

No final do estudo, a média de altura foi semelhante para crianças com ou sem exposição à PrEP à base de tenofovir no útero (94,3 cm contra 94 cm, respectivamente). A densidade óssea também foi estatisticamente semelhante (418,5 mg/cm² contra 423 mg/cm²).

Os autores informaram que as crianças continuarão a ser monitoradas durante os próximos cinco anos para melhor quantificar a exposição à profilaxia. Nessas avaliações, serão observados os níveis de tenofovir no cabelo e em manchas de sangue seco.

Fonte: site da IAS 2023, de 25 de julho de 2023.

(https://programme.ias2023.org/Abstract/Abstract/?abstractid=5043)