OMS disponibiliza novas diretrizes para o tratamento de infecções sexualmente transmissíveis
Entre as importantes publicações lançadas pela Organização Mundial de Saúde em 2021 está “Diretrizes para o manejo de infecções sexualmente transmissíveis (IST)”. (https://www.who.int/publications/i/item/9789240024168). As novas instruções atualizadas para a condução do tratamento de IST sintomáticas foram lançadas, em julho, em uma sessão satélite do 24◦ Congresso Mundial de IST e HIV. Essas diretrizes têm como objetivo apoiar os países na atualização de suas orientações para a abordagem de tratamento sindrômico de IST, já que mais de um milhão das infecções curáveis são adquiridas diariamente no mundo. Em 2020, a OMS estimou cerca de 374 milhões de novos casos de clamídia, gonorreia, sífilis e tricomoníase entre pessoas de 15 e 49 anos.
Diversos temas importantes são abordados nas novas diretrizes, como apresentação clínica de IST, objetivos da gestão dessas infecções, tratamento para corrimento uretral e para corrimento vaginal, vaginose bacteriana,vírus da herpes, infecção cervical, úlcera genital e síndromes de dor abdominal inferior.
Desde a publicação das primeiras diretrizes para o manejo das IST, em 2003, as mudanças na epidemiologia e o progresso na prevenção, diagnóstico e tratamento exigiram alterações em diversos tipos de abordagens. Porém, nos ambientes com recursos limitados, quando o diagnóstico laboratorial está indisponível ou, quando disponível, leva vários dias para ficar pronto, os fluxogramas de manejo sindrômico (baseados nos sinais e sintomas dos pacientes) seguem inalterados.
Os principais pilares para eliminar as IST como uma ameaça à saúde pública são evitar que as pessoas sejam infectadas e fornecer tratamento e cuidados para aquelas que se infectem, a fim de evitar ainda mais transmissões. A OMS recomenda a expansãoda oferta de prevenção e cuidados de IST, de forma mais ampla, nas áreas de atenção primária à saúde, saúde sexual reprodutiva e serviços de prevenção e atendimento ao HIV.
As novas diretrizes visam elevar a qualidade do tratamento por meio de recomendações práticas baseadas em evidências. “Fortalecer a gestão de casos de ISTpara garantir serviços de alta qualidade, com base em intervenções e serviços simplificados e padronizados, especialmente em ambientes com recursos limitados, é uma das nossas prioridades”, disse Meg Doherty, diretora da OMS Global Programas de HIV, Hepatite e IST.
A OMS sugere, ainda, que os grandes programas de prevenção e controle de IST e os prestadores de cuidados na linha de frente, nos níveis primário, secundário e terciário de atenção à saúde pública, adaptem essas diretrizes para garantir a prestação de cuidados adequados, aceitáveis e equitativos para todas as populações que necessitem de atenção.
Fontes: site da OMS, de julho de 2021.
(https://www.who.int/news/item/15-07-2021-launch-who-guidelines-for-the-management-of-symptomatic-sexually-transmitted-infections) e (https://www.who.int/publications/i/item/9789240024168)