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Esquemas baseados em dolutegravir resultam em supressão viral sustentada do HIV

Um novo estudo, liderado por Jean-Jacques Parienti, da Universidade de Caen, na França, descobriu que esquemas de terapia antirretroviral baseados no dolutegravir apresentam maior probabilidade de resultar em supressão viral sustentada, mesmo em situações de baixa adesão e interrupções do tratamento, do que regimes baseados em medicamentos mais antigos. O ensaio foi publicado na edição de julho de 2021 da revista Open Forum Infectious Diseases.

Entre 2015 e 2018, os pesquisadores inscreveram adultos que viviam com HIV na França e na Suíça no estudo DOLUTECAPS. Isso incluiu três grupos, todos tomando dolutegravir: pessoas que iniciaram o medicamento pela primeira vez, pessoas que mudaram para o dolutegravir por causa de falha virológica e pessoas que trocaram durante a supressão viral.

Os pesquisadores compararam o grupo de dolutegravir a dados de adesão coletados anteriormente em pessoas que viviam com HIV e realizavam tratamentos com medicamentos antigos: inibidores da transcriptase reversa não nucleosídeo (NNRTIs), inibidores da protease (IPs) potencializados e o inibidor de transferência da cadeia de integrase (INSTI) de primeira geração, o raltegravir.

Um total de 339 participantes foi selecionado, com idade média de 46 anos e 70% sendo do sexo masculino. Dos 102 participantes tratados com dolutegravir, cerca de 25% faziam tratamento antirretroviral pela primeira vez. Quase metade de todo o grupo (46%) entrou no estudo com uma carga viral inferior a 50 cópias/ml. A contagem média de CD4 era de 494 células/mm3.

Cem pessoas estavam tomando NNRTIs: 70 usavam nevirapina, 12 efavirenz, e 18 rilpivirina. Cento e sete tomavam IPs potencializados: 54 usavam lopinavir, 48 atazanavir e cinco usavam outros IPs. Noventa participantes estavam usando raltegravir.

Em um período de seis meses, apenas 8 dos 102 participantes que tomaram o dolutegravir tinham cargas virais acima de 50 cópias/ml e nenhum tinha mais de 200. Isso incluiu cinco que haviam mudado devido à falha no tratamento anterior, dois que haviam iniciado o medicamento pela primeira vez e um que trocou durante a supressão viral.

Em comparação, 18 pessoas no grupo do raltegravir apresentaram carga viral acima de 50 cópias/ml. A carga viral média foi de 362 e quatro participantes apresentaram resistência ao medicamento. Doze no grupo NNRTI tinham HIV não suprimido, com uma carga viral média de 854 cópias/ml. Vinte e seis no grupo IP potencializado apresentaram uma replicação viral média de 11 mil.

Fonte: site do Aidsmap, de 20 de agosto de 2021.

(https://www.aidsmap.com/news/aug-2021/dolutegravir-based-regimens-result-sustained-viral-suppression-despite-lower)

Link para o estudo: https://academic.oup.com/ofid/article/8/7/ofab316/6312665