OMS recomenda anel vaginal com dapivirina como nova opção para prevenção ao HIV
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o anel vaginal com dapivirina (DPV-VR) seja oferecido para mulheres com risco substancial de infecção por HIV, como parte das abordagens de prevenção combinada. O anel, que é dobrável e feito de silicone, funciona liberando a substânciapara a vagina ao longo de 28 dias. Ao fim desse prazo, o mesmo deve ser trocado por um novo.
Dois ensaios clínicos randomizados de fase 3 descobriram que o uso da DPV-VR reduziu o risco de infecção pelo HIV em mulheres. O estudo Ring demonstrou uma redução de 35% nas infecções e o estudo ASPIRE apontou uma redução de 27%.Nos doistrabalhos, o uso do medicamento em longo prazo foi bem tolerado.
Além disso, estudos abertos de extensão dos ensaios clínicos indicaram um aumento considerável na utilização do anel e sugeriram um grau de proteção ainda maior: acima de 50%, em ambos os casos. As análises secundárias dos dados também mostraram uma redução do risco de infecção pelo HIV entre as mulheres que usaram a DPV-VR de forma consistente, em conjunto com a PrEP oral.
Em uma reunião recente do Grupo de Desenvolvimento de Diretrizes da OMS foi formulada uma recomendação condicional apoiando a oferta da dapivirina. O grupo avaliou, com base em uma revisão sistemática das evidências científicas apresentadas, que os benefícios do medicamento superam possíveis danos. Essas evidências incluem aceitabilidade, viabilidade,custo-efetividade do anel vaginal, e potencial para aumentar a equidade como uma escolha de prevenção adicional.
A OMS enfatizou que, ao fornecer serviços para a prevenção do HIV em mulheres, é fundamental incluir outras ofertas, como diagnósticos e tratamento de infecções sexualmente transmissíveis, testes de HIV, informações sobre terapias antirretrovirais e opções de contracepção. Foi destacado também que os profissionais de saúde devem ser capacitados para prestar atendimentos que incluam as mulheres em toda a sua diversidade.
Fonte: site da Organização Mundial de Saúde, de 26 de janeiro de 2021.