Resultados acerca de gravidez entre mulheres que vivem com HIV em Nova York
Estudo publicado em 1° de janeiro de 2025, no Journal of Acquired Immune Deficiency Syndrome, comparou os resultados de gravidez entre mulheres nova-iorquinas que vivem com HIV adquirido por transmissão vertical (durante a gestação, no parto ou na amamentação de suas mães) ou por outras vias. O ensaio foi conduzido por Bisrat Abraham, do Departamento de Saúde e Higiene Mental da Cidade de Nova York, nos Estados Unidos, e outros pesquisadores.
A análise se debruçou sobre 186 partos entre 137 mulheres que adquiriam o HIV por transmissão vertical e 1.188 partos em 910 mulheres que o adquiriram por outras vias, de 2012 a 2022. Os números foram obtidos nos bancos de dados de vigilância do HIV e de vigilância perinatal, ambos da cidade de Nova York.
Quando comparadas com as que adquiriram o HIV por outras vias, as mulheres que adquiriram o vírus por transmissão vertical eram mais jovens no momento do parto, mais propensas a conhecer o seu status de HIV e menos propensas a já terem sido privadas de liberdade e a utilizarem drogas ilícitas.
As que adquiriram o HIV por transmissão vertical tinham maiores chances de ter cuidados pré-natais adequados (43% contra 35%) e de dar à luz por meio de cesariana eletiva (63% contra 49%), em comparação com as mulheres que adquiriram o vírus por outras vias. Não foram registradas diferenças significativas entre os dois grupos no uso da terapia antirretroviral ao HIV durante a gravidez, na transmissão vertical do vírus, no peso dos recém-nascidos e na taxa de mortalidade dos bebês.
As mulheres que adquiriram o HIV por transmissão vertical apresentaram uma sobrevida pós-parto menor quando comparadas às que o adquiriram por outras vias. Isso se deu em virtude das opções limitadas de tratamento antirretroviral durante o período da infância e pela maior duração da infecção pelo HIV.
Os autores ressaltam a importância do acompanhamento clínico personalizado dado às gestantes que vivem com HIV em Nova York. Ressaltam que novas pesquisas são necessárias para que esse acompanhamento seja ampliado e o tema possa ser abordado com maior profundidade.
Fonte: site do Journal of Acquired Immune Deficiency Syndrome, de 1° de janeiro de 2025.