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Boletim epidemiológico atualiza dados sobre casos de HIV e aids no Brasil

O Boletim Epidemiológico de HIV e Aids, publicado em dezembro de 2024, pelo Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, apresenta um histórico da epidemia no Brasil, incluindo também informações sobre os casos de HIV em gestantes/parturientes, puérperas e crianças expostas ao risco de transmissão vertical. Os dados apresentados no documento descrevem o perfil epidemiológico dessas doenças na visão dos indicadores de saúde mais relevantes do país.

A infecção pelo HIV e o adoecimento por aids permanecem como desafios significativos para a saúde pública no Brasil, com impactos expressivos em diferentes segmentos populacionais ao longo das últimas décadas. De 2007 a junho de 2024, foram notificados 541.755 casos de HIV no país, com uma predominância de 70,7% no sexo masculino. A dinâmica epidemiológica demonstra uma alteração na razão de sexos ao longo do tempo, passando de 14 casos em homens a cada dez mulheres em 2007 para 27 casos em homens a cada dez mulheres em 2023. A faixa etária mais afetada pelo vírus inclui pessoas de 25 a 34 anos, que respondem por 34,9% dos registros.

De 2000 a junho de 2024, foram notificadas 166.239 gestantes/parturientes ou puérperas com infecção pelo HIV. Observa-se que a maioria delas residia no Sudeste (36,7%), seguida pelas regiões Sul (28,9%), Nordeste (19,4%), Norte (9,5%) e Centro-Oeste (6%). Apenas em 2023, foram identificados 8.277 novos casos de HIV nessas populações.

De 2015 a julho de 2024, 68.152 casos de crianças expostas ao HIV foram notificados no país, com 6.732 novas infecções registradas em 2023: 35,6% dos casos no Sudeste, 23,7% no Nordeste, 22,9% no Sul, 11,9% no Norte e 5,9% no Centro-Oeste. Os estados que mais identificaram casos foram São Paulo (14,9%), Rio Grande do Sul (11,9%) e Rio de Janeiro (11%).

Foram registrados, de 1980 e junho de 2024, 1.165.595 casos de aids no Brasil, com uma média anual de 36 mil casos nos últimos cinco anos. Desse total, 66,3% aconteceram em pessoas do sexo masculino. Vale destacar que, de 2022 a 2023, o número de casos, que havia diminuído em função da pandemia de Covid-19, cresceu 2,5%, indicando um retorno aos níveis do período pré-pandêmico.

Desde o início da epidemia de HIV/aids, em 1980, ocorreram 392.981 mortes pelo vírus ou pela doença no país. O maior percentual desses óbitos aconteceu na região Sudeste (55,5%), seguida das regiões Sul (18%), Nordeste (15%), Norte (6%) e Centro-Oeste (5,5%). A boa notícia é que de 2013 a 2023, a taxa de mortes em decorrência da aids diminuiu 32,9%.

Fonte: site do Ministério da Saúde, dezembro de 2024.

(https://www.gov.br/aids/pt-br/central-de-conteudo/boletins-epidemiologicos/2024/boletim_hiv_aids_2024e.pdf/@@download/file)