Estudo conduzido por Morgan Philbin, da Universidade da Califórnia, em São Francisco, nos Estados Unidos, e outros pesquisadores, investigou as associações entre o uso de medicamentos injetáveis e as preferências por modalidades da profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV entre mulheres norte-americanas. O ensaio foi apresentado, em forma de pôster, na 5ª Conferência de Pesquisa em Prevenção do HIV (HIVR4P 2024), realizada, de 6 a 10 de outubro, em Lima, Peru.

Por intermédio de bancos de dados de clínicas e hospitais locais, os investigadores selecionaram usuárias de dois tipos de medicamentos injetáveis: antibióticos e remédios para o tratamento de doenças crônicas (como diabetes e hipertensão). Modelos de regressão logística foram utilizados para examinar as associações entre os medicamentos injetáveis e as preferências de PrEP.

De outubro de 2020 a novembro de 2022, 475 mulheres cisgênero e HIV negativas, residentes em nove cidades norte-americanas, foram incluídas no estudo. A média de idade da amostra foi de 52 anos. No total, 73% das participantes identificaram-se como negras ou pardas e 83% como heterossexuais. Mais da metade (55,6%) informou o uso de medicamentos para doenças crônicas e 44,4% disseram ter tomado antibióticos.

Ao optarem por uma modalidade de PrEP, 30% escolheram a injetável de longa duração, 10% o esquema oral diário, com 23% relatando indecisão e 37% optando por não utilizar a profilaxia. Os motivos mais citados para o não uso da PrEP foram estar em um relacionamento estável, o uso consistente de preservativos e o medo de efeitos colaterais.

Os autores mostraram preocupação com o índice elevado de participantes dispostas a não aderir à PrEP. Afirmam que esforços para a divulgação dos benefícios da profilaxia são necessários a fim de conscientizar mulheres com histórico de uso de medicamentos injetáveis, independentemente do risco percebido de infecção pelo HIV.

Fonte: site da HIVR4P 2024, de 8 de outubro de 2024.

(https://programme2024.hivr4p.org/Abstract/Abstract/?abstractid=1098)