2019 Estudos e Pesquisas Estudos ImPrEP

IAS 2019: Visão geral do ImPrEP e IST no contexto da PrEP

Com participação efetiva na 10ª Conferência da International AIDS Society (IAS 2019), ocorrida de 21 a 24 de julho de 2019 na Cidade do México, o projeto ImPrEP organizou o simpósio satélite “Implementação da PrEP para homens que fazem sexo com homens (HSH) e mulheres trans na América Latina – primeiras lições da iniciativa ImPrEP: alcance, envolvimento e retenção”.

A pesquisadora principal do ImPrEP, Valdiléa Veloso, apresentou de forma geral os objetivos do projeto no Brasil, Peru e México, no sentido de contribuir para a redução da incidência do HIV, em especial junto a homens gays e outros HSH, travestis e mulheres trans, por meio da inclusão da profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV como um componente dos serviços públicos de prevenção combinada. 

​A apresentação focou nos procedimentos adotados para conseguir atingir a meta prevista de atendimento a 7,5 mil voluntários do projeto, que recebem  um fornecimento de 30 dias de TDF/FTC no dia da inscrição após um resultado negativo do teste rápido de HIV e após os sinais e sintomas de infecção aguda terem sido descartados. Também são realizados exames de carga viral, função renal, sífilis, hepatite B e C, clamídia e gonorreia, assim como o acompanhamento posterior.

​No tocante às infecções sexualmente transmissíveis (IST), no contexto da PrEP, foram apresentados dados coletados no momento da inscrição do participante no projeto ImPrEP. De modo geral e em relação a HSH, a prevalência é maior de clamídia, seguida de sífilis e gonorreia. Já na população trans, a sífilis se destaca – todas as taxas consideradas elevadas. Foram apresentados, ainda, dados sobre ISTs levantados pelas iniciativas pioneiras da Fiocruz no contexto da profilaxia: o programa PrEP Brasil e o projeto PrEParadas, este específico para pessoas trans.

​Valdiléa terminou sua fala com duas preocupações relevantes. A primeira quanto ao rastreio molecular de ISTs, no sentido de os kits comerciais serem validados para amostras de urina, não para amostras retais ou orofaringe: haveria implicações regulatórias se a amostragem retal ou oral fosse recomendada como padrão de atendimento no Brasil? E a segunda, em relação à frequência ideal de triagem para detecção de clamídia e gonorreia.

Para conhecer os conteúdos apresentados, acesse http://programme.ias2019.org/programme/session/129