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Tratamento de segunda linha para o HIV pode evitar rebote viral por cerca de oito anos

Publicado na revista AIDS, em 1 de novembro de 2022, um estudo com duração de dez anos, liderado por Ivan Lumu, da Universidade Makerere, em Kampala, observou que as pessoas que mudaram para regimes de terapia antirretroviral (TARV) de segunda linha, em Uganda, podiam permanecer por cerca de oito anos sem um rebote viral.

A mediana de idade dos 1.101 participantes foi de 37 anos.  Cerca de 64% eram do sexo feminino e todos permaneceram em tratamentos de segunda linha, baseados em lopinavir/ritonavir e atazanavir,  por, no mínimo, seis meses. A contagem média de CD4 pré-mudança era de 128 células/mmᶾ. Todos os voluntários foram acompanhados até o fim do ensaio ou até que tivessem um rebote viral (carga viral acima de 200 cópias/ml por pelo menos seis meses após a mudança).

Ao final da análise, 683 participantes não haviam experimentado um rebote viral, enquanto 355 tiveram. A sobrevida média sem rebote viral foi de 8,7 anos. Dos que apresentaram rebote viral, 8,5% o fizeram após um ano, 13% depois de dois anos, 29% após cinco anos e 62% depois de oito anos.

Os voluntários que mudaram para o tratamento de segunda linha entre 2011 e 2014, e entre 2015 e 2017, em comparação com aqueles que realizaram a troca entre 2007 e 2010, tiveram até três e seis vezes mais chances de rebote viral, respectivamente. Adultos jovens, com idade entre 18 e 24 anos, apresentaram uma possibilidade de rebote viral duas vezes maior quando comparados com pessoas com mais de 55 anos.

De acordo com os autores, a sobrevida livre do rebote viral foi maior nesse estudo do que em pesquisas anteriores. Isso aconteceu, provavelmente, pela diferença de medicamentos utilizados nas análises. Eles também sugerem que as pessoas em regime de segunda linha devam ser monitoradas com uma periodicidade maior, principalmente após o sexto ano de mudança.

Fontes: sites do Aidsmap de 17 de novembro e da revista AIDS, de 1◦ de novembro de 2022.

(https://www.aidsmap.com/news/nov-2022/second-line-hiv-treatment-durable-eight-years-uganda)

(https://journals.lww.com/aidsonline/Abstract/2022/11010/Durability_of_switched_therapy_after_failure_of.6.aspx)