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NOVOS ESTUDOS REAVIVAM INTERESSE NA PEP

“Foi emocionante ver três apresentações de estudos sobre a profilaxia pós-exposição (PEP) após um hiato de tantos anos”. Foi assim que Sharon Hiller, professor da Universidade de Pittsburgh, abriu os trabalhos da sessão que presidia na Conferência Sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas (CROI 2020). Os estudos forneceram novas informações sobre quais regimes podem ou não funcionar como PEP.

Embora exista há mais tempo que a profilaxia pré-exposição (PrEP), são raros os estudos sobre PEP. Um dos reflexos dessa ausência de pesquisa é o regime, considerado defasado por especialistas, indicado para essa modalidade de profilaxia: três medicamentos para o HIV (tenofovir, emtricitabina e mais um inibidor de protease ou de integrasse) a serem tomados por 28 dias após a exposição.

Entre os estudos apresentados, destaque para o trabalho conduzido por Elena Bekerman, da Gilead Sciences. A pesquisadora utilizou a medicação tanto como profilaxia pós-exposição e pré-exposição em macacos, que foram desafiados oito vezes com o SHIV (HIV adaptados a macacos), com duas semanas de intervalo. Os regimes dados foram: duas drogas de tenofoviralafrnamida e emtricitabina ou uma combinação de três drogas desses dois medicamentos e o inibidor da integrasse bictegravir.

De acordo com publicação do site do Aidsmap, em 11 de fevereiro, os regimes de PrEP funcionaram: a combinação de dois medicamentos impediu a infecção de cinco em seis macacos. Já a combinação de três medicamentos com o bictegravir protegeu os seis. No entanto, os regimes de PEP não obtiveram bons resultados. As doses utilizadas apenas atrasaram, ao invés de evitar, a infecção. A eficácia calculada para as combinações de dois e três medicamentos foi baixa: de 52% e 58%, respectivamente. As mesmas doses tomadas 48 e 72 horas após a exposição foram ainda menos eficazes.

Para mais informações, acesse: https://www.aidsmap.com/news/mar-2020/new-pep-studies-revive-interest-post-exposure-prevention