Com entrada em operação prevista para o segundo semestre de 2023, o projeto ImPrEP CAB Brasil tem como principal objetivo reunir subsídios científicos para avaliar a viabilidade da oferta do cabotegravir injetável de longa duração (CAB-LA) como mais uma alternativa de profilaxia pré-exposição (PreP) ao HIV no SUS.

O estudo de demonstração incluirá cerca de 1.200 participantes gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens, pessoas trans e não-bináries, de 18 a 30 anos, HIV negativas e que estejam em busca da profilaxia pela primeira vez.

Ontem (16/8/2023), mais um passo importante foi dado para dar largada ao projeto, com a realização, nas dependências do coordenador do projeto, o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fiocruz (RJ), de uma importante sessão de trabalho que reuniu integrantes do ImPrEP CAB Brasil e representantes das áreas técnicas de diagnóstico e de prevenção do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis, do Ministério da Saúde, parceiro na iniciativa.

O objetivo do encontro foi consolidar, de forma definitiva, a proposta dos algoritmos de diagnóstico do HIV no contexto do uso do CAB-LA como PrEP, seguindo os procedimentos técnicos necessários para garantir a segurança e a eficácia da testagem para detecção do vírus. Como já ocorre na oferta da PrEP oral, todos os usuários antes de receberem o medicamento serão previamente testados, já que o uso da profilaxia só é devido a pessoas HIV negativas.  

Pelo ImPrEP CAB Brasil participaram da sessão de trabalho Beatriz Grinsztejn e Valdiléa Veloso (pesquisadora principal e co-pesquisadora principal do estudo, respectivamente), Brenda Hoagland, Sandro Nazer, Roberta Trefiglio e Marcos Benedetti, e pelo Ministério da Saúde, José Boullosa Alonso Neto e Allison Bigolin.

“Vencemos mais uma etapa importante não apenas para a entrada em operação do estudo de demonstração ImPrEP CAB Brasil, mas também como uma etapa da preparação para a possível integração do CAB-LA na política nacional de PrEP do país”, avalia Beatriz.

Foto: INI-Fiocruz\ACS\Karina Burini