HIV, IST e Outros

Atendimento virtual produz resultados semelhantes ao acompanhamento presencial no tratamento do HIV

Um novo estudo, conduzido no estado da Geórgia (EUA) e publicado no Open Forum Infectious Diseases em junho de 2021, revelou que o atendimento virtual para o tratamento do HIV apresenta resultados semelhantes ao atendimento presencial.

Cerca de um milhão de pessoas com mais de 13 anos vive com HIV nos Estados Unidos. Muitos ficam por longos períodos sem acompanhamento e tratamento devido a dificuldades como a falta de transporte ou de especialistas na área. Nas áreas rurais, por exemplo, essas dificuldades são ainda mais profundas, com os pacientes geralmente dirigindo por várias horas até as unidades de saúde ou consultórios mais próximos.

Para testar a eficácia de uma plataforma de saúde conectada em uma área rural como a Geórgia, uma equipe de pesquisa da Augusta University e do Massachusetts General Hospital analisou 185 indivíduos do banco de dados de clínicas de HIV do Departamento de Saúde de Dublin, que usaram o atendimento virtual e compararam seus resultados de saúde com 200 indivíduos do banco de dados de pacientes da clínica de HIV da universidade que receberam atendimento tradicional presencial. Os participantes da telemedicina foram atendidos por meio de videoconferência com um médico infectologista. Os resultados analisados pela equipe de pesquisa não foram diferentes entre os dois grupos, indicando que a plataforma virtual foi tão eficaz no gerenciamento de cuidados quanto os acompanhamentos presenciais.  

A maioria dos dois grupos de estudo era de negros (82% do grupo presencial e 82,2% do grupo virtual). Comunidades negras e hispânicas são desproporcionalmente afetadas pelo HIV em comparação com outros grupos raciais e étnicos, de acordo com pesquisas do site do governo americano (hiv.gov). No final de 2020, a Stanford Children’s Health lançou um programa virtual de profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV que usa o atendimento virtual para conectar pacientes aos profissionais de saúde pediátricos e adolescentes. O programa foi elaborado para oferecer aconselhamento sobre saúde sexual e apoio à adesão à PrEP.

“O atendimento virtual nos permite encontrar os jovens onde eles estão, mesmo durante a transição para a faculdade, ou outras mudanças, e oferece uma camada adicional de confidencialidade, pois permite que os provedores se comuniquem com os pacientes individualmente, sem envolver os pais, ou outro responsável, caso essa seja a preferência do paciente”, disse Geoff Hart-Cooper, fundador e diretor médico do Programa PrEP Virtual.

Fonte: mHealth Intelligence, 23 de junho de 2021

https://mhealthintelligence.com/news/telehealth-yields-similar-outcomes-as-in-person-hiv-treatment#