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Estudo investiga reações de mulheres às terapias injetáveis de longa duração anti-HIV

Um estudo liderado por pesquisadores da Escola Mailman de Saúde Pública, da Universidade de Columbia, examinou reações às terapias de HIV de longa duração injetáveis (LAI) entre mulheres com histórico de uso de injeções. Os resultados foram publicados, em janeiro de 2021, na revista AIDS Patient Care and STDs. Os pesquisadores conduziram entrevistas nas cidades de Nova Iorque, Chicago, São Francisco, Atlanta e Washington.

Atualmente, a maioria das terapias para tratamento e prevenção do HIV requer pílulas diárias, o que representa uma barreira para a adesão. Recentemente, no entanto, as LAIs surgiram como uma possível alternativa, embora poucos estudos tenham sido realizados sobre como as pessoas com histórico de injeção se sentem com essas novas formas de terapias injetáveis. Hoje, existem mais de258 mil mulheres vivendo com HIV nos Estados Unidos.

O estudo envolveu entrevistas com 89 mulheres. No geral, as participantes destacaram como as LAIs podem melhorar a adesão ao libertar as mulheres da fadiga do tratamento e dos lembretes associados à ingestão diária de comprimidos.  A maioria com histórico de medicação injetável periódica (como controle de natalidade) prefere a LAI, mas aquelas com outras injeções frequentes (como enfrentamento a diabetes), que expressaram o desejo de limitar o número e a frequência de injeções e visitas clínicas, não. Mulheres com histórico de uso de drogas injetáveis ​​expressaram sentimentos mistos: algumas temiam que a LAI pudesse desencadear alguma recorrência médica, enquanto outras achavam que a familiaridade com as agulhas predisporia as pessoas ​​à LAI.

“Pesquisas futuras precisam abordar questões relacionadas às injeções e desenvolver abordagens centradas no paciente para ajudar os profissionais de saúde a trabalharem com suas pacientes e identificarem quais mulheres podem se beneficiar mais com o uso de LAI”, explicou Morgan Philbin, Ph.D. e professor assistente de Ciências Sociomédicas na Universidade de Columbia.

Fonte: site do Medicalxpress, de 7 de janeiro de 2021.

(https://medicalxpress.com/news/2021-01-attitudes-long-acting-hiv-therapy-women.html