2019 HIV, IST e Outros

Cabotegravir não é associado a ganho de peso em participantes não infectados no HPTN077

O tratamento antirretroviral (ART) que contém o inibidor de Integrase tem sido associado a ganho de peso e aumento da circunferência abdominal, com alterações significativas observadas normalmente em mulheres e pacientes negros, com CD4 mais baixo e HIV RNA mais elevado, antes de iniciar o ART.

O Cabotegravir (CAB) é um novo inibidor de Integrase para a prevenção do HIV e como parte do tratamento combinado ART. O CAB está disponível sob forma de comprimidos orais para uso diário. A forma injetável de longa duração encontra-se em fase de testes e desenvolvimento. Ainda não foram detectados alterações de peso em participantes infectados pelo HIV nos testes do CAB combinados com ART.

HPTN077 (estudo 077) de testes de prevenção do HIV foi uma segunda fase de estudo de segurança, tolerabilidade e farmacocinética que contou com 199 participantes de baixo risco, não infectados por HIV, em oito locais do mundo. O estudo, conduzido por Raphael Landovitz, da Universidade da Califórnia, e outros*, forneceu uma oportunidade única de avaliar as mudanças de peso e parâmetros metabólicos entre os participantes, sem infecções por HIV ou agentes adicionais antirretrovirais, expostos ao CAB injetável de longa duração (CAB LA) ou a placebo (PBO).

Durante o HPTN 077, os participantes foram randomizados para o uso de CAB ou PBO, recebendo comprimidos diariamente por até quatro semanas, seguida de uma semana de pausa. Entre os participantes com pesos semelhantes, a média de aumento de peso para os pacientes tratados com CAB foi de 1,1kg. Os pacientes tratados com PBO tiveram, em média, um aumento de 1kg.

A alteração da distribuição de peso durante um período de 41 semanas de tratamento não diferiu entre os participantes tratados com CAB e PBO nem quando dividido entre a fase oral e a fase injetável.

Para conhecer mais detalhes sobre esse estudo, acesse o artigo publicado em Clinical Infections Diseases, de maio de 2019:https://academic.oup.com/cid/advance-article-abstract/doi/10.1093/cid/ciz439/5498404

*Autores do estudo: Raphael J. Landovitz (University of California), Sahar Z. Zangeneh (Fred Hutchinson Cancer Research Center), Gordon Chau (Fred Hutchinson Cancer Research Center), Beatriz Grinsztejn (Fiocruz), Joseph J. Eron (University of North Carolina), Halima Dawood (University of KwaZulu Natal), Manya Magnus (George Washington University), Albert Y. Liu (San Francisco Department of Public Health), Ravindre Panchia (University of the Witwatersrand), Mina C. Hosseinipour (University of North Carolina), Ryan Kofron (University of California), David A. Margolis (ViiV Healthcare), Alex Rinehart (ViiV Healthcare), Adeola Adeyeye (National Institutes of Health), David Burns (National Institutes of Health), Marybeth McCauley (FHI360), Myron S. Cohen (University of North Carolina e Judith S. Currier (University of North Carolina).