Estudo investiga gravidez de usuárias do anel vaginal de dapivirina
Estudo liderado por Ashley Mayo, da organização FHI 360, em Durham (EUA), e outros pesquisadores, buscou investigar as gestações de mulheres que utilizavam a profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV baseada no anel vaginal de dapivirina no momento em que engravidaram. A análise foi apresentada, em forma de pôster, na 5ª Conferência de Pesquisa em Prevenção do HIV (HIVR4P 2024), realizada, de 6 a 10 de outubro, em Lima, Peru.
O estudo incluiu, de 2021 a 2023, 1.456 mulheres cisgênero, HIV negativas, residentes nos Estados Unidos, que não estavam grávidas ou amamentando e utilizavam um medicamento contraceptivo. O anel vaginal foi fornecido mensalmente nos três primeiros meses e, posteriormente, a cada 90 dias. Testes de gravidez eram realizados nas visitas de acompanhamento e o anel vaginal era descontinuado em caso de resultado positivo.
No total, foram registradas 72 gravidezes entre as participantes da análise (cinco gestações por 100 pessoas-ano de acompanhamento). Uma voluntária foi excluída por omitir a gravidez no ato da inclusão. A idade gestacional média no momento do teste positivo, calculada com base na data do parto, foi de 45 dias.
Os desfechos adversos foram considerados raros (apenas quatro casos de hipertensão gestacional) e não tiveram relação com o tempo de uso do anel vaginal. O peso médio dos bebês no nascimento foi de 3,3 kg, com somente cinco recém-nascidos pesando menos que 2,5 kg. Nenhum caso de anomalia congênita foi encontrado.
De acordo com os autores, não houve registro de desfechos adversos graves entre as gestantes que usaram o anel vaginal de dapivirina e todos os bebês nasceram saudáveis. Eles afirmam que essas descobertas se somam às crescentes evidências de que essa modalidade de PrEP também é segura quando utilizada durante a gravidez.
Fonte: site da HIVR4P 2024, de 10 de outubro de 2024.
(https://programme2024.hivr4p.org/Abstract/Abstract/?abstractid=770)