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Análise investiga prevalência de sífilis e hepatites B e C em HSH que vivem com HIV

As infecções sexualmente transmissíveis (IST) são um grande problema de saúde pública em todo o mundo. Novas evidências sugerem uma prevalência crescente de hepatite C, hepatite B e sífilis entre gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens (HSH) vivendo com HIV. Estudo conduzido por Myo Lwin, do Kirby Institute, em Sydney, na Austrália, e outros pesquisadores, investigou as taxas de incidência dessas três doenças ao longo do tempo. A análise foi apresentada, em forma de pôster, na 25ª Conferência Internacional sobre AIDS (AIDS 2024), realizada, de 22 a 26 de julho, em Munique, na Alemanha.

No total, 3.058 participantes com HIV, maiores de 18 anos e residentes na Holanda, Austrália ou Tailândia passaram por exames anuais de IST, de 2010 a 2023. Um resultado positivo foi definido pelos pesquisadores como uma infecção incidente. Foram excluídos do estudo todos que deixaram de realizar pelo menos um dos exames de acompanhamento.

Cerca de 70% eram homens cisgênero e 38,2% se autodeclararam HSH. A média de idade no início da pesquisa era de 32,5 anos. Apenas 3,3% dos participantes relataram a utilização regular de alguma substância química.

A taxa de incidência geral de hepatite C, hepatite B ou sífilis foi de 2,92 casos por 100 pessoas-ano de acompanhamento. Entre os HSH, esse índice subiu para 7,26 casos por 100 pessoas-ano de acompanhamento. As taxas de incidência de cada uma das infecções foram consideravelmente maiores em HSH quando comparadas com homens e mulheres heterossexuais (3,09 vezes maior para hepatite C, 1,83 vezes maior para hepatite B e 2,88 vezes maior para sífilis).

Entre as conclusões, destaca-se que a incidência de hepatite C, hepatite B e sífilis foi significativamente maior em HSH do que em pessoas heterossexuais. Os autores afirmam que a triagem e o tratamento precoce devem ser implementados em pacotes de prevenção de IST, principalmente para jovens HSH e demais populações consideradas de alto risco.

Fonte: site da AIDS 2024, de 22 de julho de 2024.

https://programme.aids2024.org/Abstract/Abstract/?abstractid=5525