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Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde atualiza casos de HIV e aids no Brasil

Em 2025, quando o Brasil completa 40 anos de resposta ao HIV e à aids, o Boletim Epidemiológico de HIV e Aids, do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, apresenta uma leitura integrada da epidemia no país, articulando vigilância, cuidados e resultados em saúde, e oferece uma síntese dos principais indicadores da infecção pelo HIV, da aids e da mortalidade por aids no país. A publicação chega em um momento simbólico, marcado pela conquista da certificação nacional da eliminação da transmissão vertical do HIV como problema de saúde pública, concedida pela Organização Mundial da Saúde, em dezembro.

No período mais recente, os indicadores apontam estabilidade com leve alta nas detecções de HIV e redução dos casos de aids e mortalidade por aids. Em 2024, registraram-se 39.210 novos casos de infecção pelo HIV no Brasil (18,4 por 100 mil habitantes), frente a 38.222 em 2023 (18,1 por 100 mil habitantes).

Entre os casos de aids, observou-se uma redução de 1,5% nos novos casos – de 37.527, em 2023, para 36.955, em 2024, com queda de 17,7 para 17,4 por 100 mil habitantes no mesmo intervalo de tempo. Na mortalidade por aids, os óbitos declinaram 12,8%, passando de 10.500, em 2023, para 9.157 em 2024. No período analisado pelo Ministério da Saúde, somam-se 1.165.533 casos de aids (de 1980 a 30/09/2025) e 402.300 óbitos por aids (de 1980 a 2024) no Brasil.

O componente materno-infantil confirma os avanços. Entre gestantes, parturientes ou puérperas com HIV, os registros de novos casos caíram de 8.166, em 2023, para 7.523, em 2024, uma redução de 7,9%, com taxa estável, em torno de 3,2 gestantes, parturientes ou puérperas por 1.000 bebês nascidos vivos. Entre as crianças observou-se também um decréscimo de 4,2% nos novos casos – de 7.121, em 2023, para 6.819 em 2024.

À luz dos critérios internacionais, entende-se por eliminação da transmissão vertical do HIV a manutenção de taxa de transmissão vertical inferior a 2%. Os resultados brasileiros, aliados à qualificação do pré-natal, ao diagnóstico precoce e à terapia antirretroviral em tempo oportuno garantiram a certificação nacional da eliminação da transmissão vertical do HIV como problema de saúde pública.

Em síntese, o país sustenta trajetória recente de queda da aids, com detecções de HIV estáveis, coerentes com a expansão do diagnóstico e a maior rastreabilidade do cuidado. O avanço metodológico melhora a capacidade de leitura das diferenças entre estados, capitais e grandes cidades, bem como das análises por sexo, faixa etária, raça/cor e escolaridade. Com base nessa evidência, a resposta ao HIV e à aids segue orientada por equidade e qualidade do cuidado, mirando a consolidação de resultados e a superação das assimetrias que ainda persistem.

Fonte: site do Ministério da Saúde, de 2 de dezembro de 2025.

(https://www.gov.br/aids/pt-br/central-de-conteudo/boletins-epidemiologicos/2025/boletim_hiv_aids_2025.pdf/view) Link para o boletim: https://www.gov.br/aids/pt-br/central-de-conteudo/boletins-epidemiologicos/2025/boletim_hiv_aids_2025.pdf/@@download/file