Dados sobre a eficácia da profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV na região da Europa Oriental ainda são considerados escassos. Estudo publicado, em 23 de abril de 2025, na revista Sexually Transmitted Infections, teve como principal objetivo examinar as infecções pelo HIV entre usuários da PrEP na Polônia. A análise foi conduzida por Bartosz Szetela, da Universidade de Medicina Wroclaw, em Wroclaw, na Polônia, e outros pesquisadores.

Um total de 887 gays, bissexuais e outros homens que faziam sexo com homens e que utilizavam a PrEP baseada no fumarato de tenofovir desoproxila associado à entricitabina (TDF/FTC) foram incluídos no estudo, realizado de novembro de 2017 a novembro de 2023. Todos os participantes viviam em território polonês. As infecções por HIV foram diagnosticadas por meio de testes moleculares realizados nas visitas de acompanhamento.

A maioria era composta por homens brancos, cisgênero, acima de 18 anos, com ensino médio completo, residentes em grandes cidades e de origem europeia. A média de idade foi de 35,5 anos. No total, nove voluntários (1%) adquiriram o vírus durante o período de acompanhamento da pesquisa.

Oito desses nove voluntários utilizavam a PrEP sob demanda (PrEP 2+1+1). Desses, todos informaram o hábito de tomar o medicamento somente antes do ato sexual receptivo ou de pular a dose dupla dos comprimidos. O outro homem que adquiriu o HIV usava a PrEP oral diária e relatou ter interrompido a profilaxia em algumas ocasiões.

Segundo os autores, a PrEP baseada no TDF/FTC se mostrou altamente eficaz, com falhas acontecendo apenas em casos de adesão inadequada. Eles ressaltam que uma comunicação eficiente sobre os riscos do HIV e instruções claras de como se utilizar a PrEP sob demanda devem ser disponibilizadas entre os usuários da profilaxia.

Fonte: site da Sexually Transmitted Infections, de 23 de abril de 2025.

(https://sti.bmj.com/content/early/2025/02/26/sextrans-2024-056329)