Cientistas descobrem nova variante do HIV em circulação no Brasil
Em um estudo recém-publicado, cientistas da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificaram, em circulação no Brasil, uma nova variante do HIV, que, sem o tratamento adequado pode, em último estágio, levar ao desenvolvimento da aids. A análise foi veiculada, em 16 de agosto de 2024, na revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz.
A variante é fruto de uma mistura genética de dois tipos de HIV-1 (subtipo mais comum do HIV), denominados de B e C. Vale reforçar que não se trata de um novo subtipo viral, mas de uma nova forma recombinante circulante, que é resultado de episódios de dupla infecção ou reinfecção. Estima-se que cerca de 20% dos casos de HIV no mundo sejam causados por vírus recombinantes.
Embora ainda não existam informações seguras sobre o local exato de origem da nova linhagem, a análise de mais de 200 amostras, coletadas de 2007 a 2019, de pacientes do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Bahia indica que a variante já circula pelas regiões sul, sudeste e nordeste do país. As quatro pessoas infectadas pela nova linhagem estão sendo monitoradas no Hospital das Clínicas de Salvador.
Contudo, ainda não há motivo para alardes. Os cientistas afirmam que não existem evidências sobre o impacto dessa nova variante no tratamento do vírus realizado no Brasil. “De fato, os subtipos do HIV-1 não costumam apresentar nenhuma diferença significativa na resposta à terapia antirretroviral”, informa Joana Paixão, professora da UFBA e coordenadora do estudo.
Fonte: site da Agência de notícias da Aids, de 16 de agosto de 2024.
Fonte: site da CNN, de 16 de agosto de 2024.