Estudo conduzido por Chris Beyrer, da Universidade de Duke, localizada na cidade de Durhan, nos Estados Unidos, e outros pesquisadores, examinou a incidência da infecção pelo HIV e a utilização da profilaxia pré-exposição (PrEP), na modalidade oral diária, entre homens gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens (HSH) negros que vivem na região sul do país. A análise foi publicada, em 17 de outubro de 2025, na revista Plos One.

Um total de 422 HSH negros, maiores de 15 anos e residentes nas cidades de Dallas, Houston e Greenville, foram incluídos na pesquisa. Cada participante respondeu a dois questionários e teve amostras de sangue coletadas em uma única visita clínica. Realizaram-se exames laboratoriais para a verificação dos status de HIV e do uso da PrEP.

No total, 96,5% tiveram seus status de HIV revelados pela equipe do estudo. Desses, pouco mais da metade (52,9%) viviam com o vírus, incluindo um que registrava um quadro de infecção aguda (fase inicial da infecção, que pode causar sintomas como febre, dores de cabeça e erupções cutâneas). Mais de três quartos dos participantes que viviam com HIV (76,9%) informaram estar em terapia antirretroviral.

Entre os voluntários HIV negativos (47,1%), 29,8% relataram já ter tomado a PrEP, 21,5% disseram utilizá-la naquele momento, enquanto 4,2% afirmaram não conhecer o medicamento. O restante (44,5%) comunicou saber da existência, mas nunca ter usado a profilaxia. Apenas cinco pessoas que informaram tomar a profilaxia não tiveram a sua utilização comprovada por meio dos exames laboratoriais.

Os autores consideram preocupante a elevada taxa de incidência do HIV entre os HSH negros do sul dos Estados Unidos. Destacam ser fundamental aumentar a conscientização sobre os benefícios da PrEP, a fim de enfrentar a epidemia do vírus, que vem afetando de maneira desproporcional as populações mais vulneráveis do país.

Fonte: site da Plos One, 17 de outubro de 2025.

(https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0334031)