Infecções por clamídia e gonorreia entre HSH e mulheres trans sul-africanos
Estudo publicado em 1° de julho de 2025, no BMJ Journals, avaliou a incidência e os fatores associados a infecções por clamídia e gonorreia entre gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens cisgênero (HSH) e mulheres transgênero sul-africanos. O ensaio foi conduzido por Eduard Sanders, do Instituto Aurum de Pesquisa em Saúde, em Joanesburgo, na África do Sul, e outros pesquisadores.
De setembro de 2019 a dezembro de 2022, 650 participantes (570 HSH e 80 mulheres trans), HIV negativos, com idades de 18 a 29 anos, foram incluídos no estudo. O recrutamento se deu por meio de quatro clínicas públicas, localizadas em Joanesburgo ou na Cidade do Cabo.
O principal critério de elegibilidade era ter praticado sexo anal com pelo menos um homem cis ou mulher trans nos três meses anteriores. Amostras de urina, de swab retal e swab de orofaringe foram testadas para infecção por clamídia/gonorreia em dois momentos distintos da pesquisa, com aproximadamente seis meses de intervalo.
Ao final do período de acompanhamento, a incidência de infecções por clamídia/gonorreia encontrada foi de 15,8% entre os HSH e de 27,5% entre as mulheres trans. A incidência das infecções não variou significativamente de acordo com a faixa etária dos voluntários. Aqueles que relataram o uso da profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV tiveram chances consideravelmente maiores de registrar um diagnóstico positivo para clamídia/gonorreia.
Os autores afirmam que a adoção da profilaxia pós-exposição a infecções sexualmente transmissíveis (DoxyPEP) é fundamental para reduzir a incidência de casos de clamídia e gonorreia entre minorias sexuais e de gênero na África do Sul. Também destacam a importância da utilização do preservativo nas relações sexuais, mesmo entre aqueles que possuem um relacionamento estável e apresentam uma alta adesão à PrEP.
Fonte: site do BMJ Journals, de 1° de julho de 2025.