Apesar de possuir alta eficácia na redução do risco de aquisição do HIV, a aceitação da profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV, na modalidade oral diária, permanece variada em diversos países do continente africano. Estudo conduzido por Alex Omoding, da Universidade de Busitema, em Mbale, Uganda, e outros pesquisadores, publicado na edição de 4 de junho de 2025 da revista Plos One, examinou a aceitação da PrEP entre homens jovens ugandenses.

De agosto a outubro de 2023, os investigadores coletaram dados de 409 homens jovens, HIV negativos, com idades de 15 a 24 anos, que frequentavam serviços de saúde do distrito de Serene, em Uganda. Os participantes responderam a questionários com perguntas sobre características demográficas, comportamentos sexuais de risco e preocupações com a PrEP.

A média de idade da amostra foi de 21,8 anos. Quase todos os entrevistados (97,8%) relataram a prática recente de sexo sem preservativo. Mesmo com a maioria afirmando ter pouca ou nenhuma informação anterior sobre a PrEP, a aceitação da profilaxia foi considerada alta: 93,6% disseram que pretendiam utilizá-la.

Os participantes com risco percebido de infecção pelo HIV apresentaram maior probabilidade de aceitação da PrEP. Em contrapartida, aqueles que conheciam o status de HIV do parceiro, se sentiam envergonhados de retirar a profilaxia nos serviços de saúde e possuíam algum tipo de estigma relacionado ao medicamento, apresentaram probabilidades reduzidas de aceitação.

Os resultados da análise indicam um nível satisfatório de aceitação da PrEP entre homens jovens de Uganda, de acordo com os autores. Apesar disso, destacam ser necessário que o Ministério da Saúde local melhore o acesso aos serviços que fornecem a profilaxia, a fim de aumentar a adesão junto a essa população.

Fonte: site da Plos One, de 4 de junho de 2025.

(https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0317808)