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Impactos de uma hipotética cura do HIV entre pessoas que vivem com o vírus e populações-chave da Holanda

Estudo conduzido por Kim Romijnders, da Universidade de Utrecht, na Holanda, e outros pesquisadores, examinou os potenciais impactos que uma hipotética cura do HIV poderia ocasionar na qualidade de vida, na satisfação sexual e no estigma de pacientes que vivem com HIV e pessoas HIV negativas, pertencentes a populações-chave (gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens, mulheres transgênero e seus parceiros sexuais), na Holanda. A análise foi publicada, em 3 de maio de 2025, na revista Communications Medicine.

Uma pesquisa transversal on-line e presencial, com pessoas maiores de 18 anos que frequentavam clínicas holandesas especializadas em HIV, foi realizada de outubro de 2021 a junho de 2022. No total, 222 pacientes vivendo com HIV e 495 participantes HIV negativos, pertencentes a populações-chave, foram incluídos no estudo. Todos os voluntários que vivam com o vírus disseram esperar por uma melhoria significativa na qualidade de vida e da satisfação sexual após uma possível cura do HIV. A maioria, mas não a totalidade, dos participantes relatou esperar, também, por uma redução do estigma por eles enfrentado em virtude da presença do vírus.

Entre as pessoas HIV negativas pertencentes a populações-chave, todos afirmaram esperar por melhorias substanciais relacionadas à satisfação sexual e ao estigma após uma possível cura do HIV. Mais da metade dos voluntários relatou, ainda, esperar por melhorias na qualidade de vida. Participantes de 18 a 34 anos eram mais propensos a contar com melhorias em todos os cenários pesquisados quando comparadas com aqueles maiores de 34 anos.

De acordo com os autores, tanto os pacientes que vivem com HIV, quanto às pessoas HIV negativas pertencentes a populações-chave, esperam que uma hipotética cura do HIV tenha um impacto positivo na qualidade de vida, na satisfação sexual e na redução do estigma. Eles destacam que esse impacto também é esperado para o controle do vírus, por meio do uso de medicamentos antirretrovirais, o que, nos dias de hoje, ainda é o único desfecho possível.

Fonte: site da Communications Medicine, de 3 de maio de 2025.

(https://www.nature.com/articles/s43856-025-00853-3)