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Fatores associados à troca de modalidades de PrEP

Estudo conduzido por Li Tao, da Gilead Sciences Inc., em Foster City, Estados Unidos, e outros pesquisadores, investigou fatores do mundo real que influenciaram usuários da profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV a trocar a modalidade oral diária pela injetável de longa duração ou vice-versa. A análise foi apresentada, em forma de pôster, na 5ª Conferência de Pesquisa em Prevenção do HIV (HIVR4P 2024), realizada, de 6 a 10 de outubro, em Lima, Peru.

De 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2021, 179.293 adultos, HIV negativos e usuários de PrEP, cadastrados em bancos de dados de farmácias norte-americanas, foram incluídos no estudo.  Dos 173.572 usuários de PrEP oral, 2,6% optaram pela troca para a modalidade injetável. Os principais fatores relacionados à troca foram maior nível de escolaridade, melhor percepção dos comportamentos de risco para o HIV e uso de outros medicamentos orais. Os participantes que frequentavam programas governamentais voltados à prevenção do HIV tiveram maiores chances de troca quando comparados aos voluntários que possuíam seguro saúde.

Entre os 5.721 usuários de PrEP injetável, 26,1% realizaram a troca para o esquema oral. Os principais fatores relacionados à troca foram pouco conhecimento sobre a profilaxia antes de iniciar o medicamento, medo de injeções e possuir seguro saúde. Cerca de 70% de todos os usuários de PrEP injetável perderam pelo menos uma janela de injeção.

Na opinião dos autores, a maior parte das trocas de modalidades da profilaxia foi motivada por características individuais. Por isso, destacam a necessidade de intervenções que abordem as preferências dos usuários de PrEP, com objetivo de melhorar a adesão à profilaxia e reduzir o risco de aquisição do HIV.

Fonte: site de HIVR4P 2024, de 10 de outubro de 2024.

(https://programme2024.hivr4p.org/Abstract/Abstract/?abstractid=1297)