PrEP na gravidez: seguro, mas dúvidas persistem
O site do Aidsmap noticiou, em 13 de fevereiro de 2020, uma revisão sistemática, publicada no Journal Of The International Aids Society, que aborda o tema PrEP durante a gestação e a amamentação. A conclusãoé que a profilaxia pode ser usada durante a gestação, mas perguntas importantes ainda carecem de resposta.
A análise não encontrou evidências de danos em mulheres que tomaram PrEP durante a gravidez. O uso da medicação não gerou um índice maior de nascimentos prematuros, fetos natimortos oubebês gerados com peso abaixo do normal.
Outra constatação importante é que mulheres grávidas e lactantes têm, possivelmente por causa de alterações biológicas, alto risco de infecção pelo HIV. Um estudo anterior, publicado em 2014, encontrou, em países do continente africano, uma incidência de HIV de 3,8 em cada 100 mulheres durante a gravidez e 2,9 em cada 100 mulheres no pós-parto.
Embora a Organização Mundial de Saúderecomende que mulheres com alto risco de infecção durante a gravidez ou no pós-parto recebam PrEP com tenofovir disoproxil (TDF), alguns países suspenderam o tratamento. Essa medida diz respeito à ausência de informações concretas acerca dos riscos e benefícios do uso do tenofovir e da emtricitabina em mulheres grávidas HIV negativas.
O Grupo de Trabalho sobre PrEP na Gravidez, ligado à Organização Mundial da Saúde, realizou uma revisão sistemática em estudos publicados e ensaios clínicos em andamento para avaliar se esse material aborda questões não respondidas sobre o tema. Os cinco estudos concluídos relataram o uso da PrEP em 1.042 gestações. Quatro deles não encontraram diferenças nos resultados maternos ou infantis em mulheres grávidas expostas à PrEP em contraposição às mulheres que não usaram a profilaxia.
Para mais informações, acesse https://www.aidsmap.com/news/feb-2020/prep-pregnancy-safe-many-unanswered-questions